CORPO, YOGA & FEMININO
- imyogaterapias
- 12 de dez. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de dez. de 2021
Durante muitos anos o Corpo foi um mistério que rejeitei.
Não aceitava a dor, o desconforto, a ausência de controlo, ainda menos percebia o sentimento de desassociação, de não me sentir em casa. Por um tempo, deixei o corpo adormecer, eu com ele adormeci.
E o que acontece quando vivemos em dissonância com os nossos ciclos internos e o ritmo de tudo o que vive à nossa volta?
Muitas coisas, claro. Partilho uma: à minha volta começaram a tocar harmonias que me despertaram, harmonias familiares, mas que havia esquecido. O sono foi longo.
O Yoga não foi o primeiro, nem o único, a despertar-me. Mas a prática colocou-me, a cada dia, a possibilidade de me encontrar neste Corpo e recordar o seu ritmo, a sua vitalidade, a sua harmonia… e o que existe para lá dele.
‘E esta fotografia expressa tudo isso?’ Não sei, talvez.
‘Já não tens medo ou vergonha de mostrar o teu corpo?’ Não sei, talvez.
Mas afinal, onde termina o corpo e começa a mente e o espírito?
Será o meu corpo o único que se expressa nesta fotografia?
O mistério permanece, mas abraçado, não rejeitado.
Só isso, já muda muita coisa (ou tem mudado, para mim).
Nas últimas cinco semanas, os finais de tarde de sexta-feira foram dedicados a adaptar a prática de Yoga às necessidades específicas da mulher, aos nossos ciclos e ritmos inatos. Enquanto mulher e professora de Yoga, há muito que sinto este apelo de aprender mais sobre a sabedoria interior feminina inata ao corpo da mulher e começar a trazer isso para a vivência e prática de Yoga (afinal, nada está separado).
Explorámos a consciência cíclica menstrual, o desenvolvimento da criatividade a partir do movimento, a digestão enquanto processo holístico, a arte de desacelerar e fazer um ‘reset’, sempre nesta dança entre Yin & Yang.
Mais um passo neste Caminho, onde tantas outras harmonias vibram e se descobrem.
Afinal, nunca estamos sós.
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